Projeto Frente SAN apoia produtores rurais em Minas Gerais e Maranhão mirando impacto social e econômico
Desde 2022, o projeto Frente de Segurança Alimentar e Nutricional (Frente SAN), uma iniciativa da Fundação Vale com execução do Instituto Meio e cofinanciamento do BNDES, tem sido um importante aliado no fortalecimento de arranjos produtivos rurais sustentáveis em comunidades de Minas Gerais e Maranhão. Com foco na agricultura familiar, o projeto já beneficiou diretamente 572 pessoas em cadeias produtivas como hortifruti, mel, babaçu e mandioca, sendo praticamente a metade de mulheres produtoras, das quais dez ocupam posições de liderança em suas comunidades.


Atividades do Projeto em Santa Bárbara – MG
Inclusão Produtiva e Sustentabilidade no Campo
A atuação do projeto se deu em duas fases. Na primeira, foram realizados diagnósticos territoriais, oficinas de sensibilização, planejamento estratégico, assistência técnica rural e capacitações técnicas além de entrega de insumos, equipamentos de pequeno porte e abertura de novos canais de comercialização. Em Minas Gerais, 87 produtores receberam assistência técnica contínua, enquanto no Maranhão esse número chegou a 313. Essa assistência resultou em melhorias significativas no manejo do solo, uso de defensivos naturais e diversificação da produção. No processo também foram regularizadas as associações participantes, quando necessário, para terem acesso a vendas em programas de alimentação e foram realizadas parcerias de impactos nos territórios; entre eles a parceria com a Vale que facilitou a utilização de áreas não operacionais para os apicultores instalarem seus apiários.



Atividades do Projeto no Maranhão
Na segunda fase, o projeto passou a investir em escala produtiva e amadurecimento no acesso a mercados, fortalecendo a produção e beneficiamento, comercialização, conexões territoriais e gestão dos negócios. Houve também a entrega de investimentos em maquinários, equipamentos, obras civis e insumos, como por exemplo: estufas com irrigação, equipamentos industriais, tecnologia para o campo e insumos agrícolas. Em Minas Gerais, foram entregues estufas com irrigação, roçadeiras, seladoras, torrador de café, tachos, forno industrial, batedeiras, liquidificadores, caixas com melgueiras. No Maranhão, as entregas incluíram canteiros suspensos com irrigação, caixas com melgueiras, moto cultivadores e equipamentos para beneficiamento de alimentos como freezer, fogão industrial, liquidificadores industriais.
Impactos monitorados
Como resultado destas intervenções, os impactos são notáveis. Até o momento foram 20 empreendimentos coletivos aprimorados, 14 comunidades tradicionais contempladas, 32% de aumento na diversificação da produção, 48 novos canais de comercialização abertos, 42 novas parcerias territoriais.
Em Minas Gerais, a renda média mensal dos beneficiários aumentou 35%, superando a meta de 30%. No Maranhão, o crescimento fora do autoconsumo foi de 25%, com expectativa de atingir a meta de 50% após a consolidação dos investimentos da Fase 2.
A comercialização foi fortalecida com a abertura de novos canais de venda públicos e privados, com entregas em programas de alimentação como PNAE e PAA, vendas a comércios privados e participação em feiras da agricultura familiar, como as realizadas nos restaurantes da Vale. O projeto também promoveu oficinas de gestão de negócios, além de incentivar o associativismo, especialmente em regiões com menor tradição de trabalho coletivo.
Nos próximos meses, o projeto Frente SAN seguirá para a conclusão da Fase 2, com foco na sustentabilidade dos empreendimentos, o que inclui: oficinas técnicas, intercâmbios de conhecimentos, entrega de investimentos como insumos agrícolas, finalização da construção de um centro logístico e de beneficiamento mínimo em MA, reforma da área de beneficiamento de uma associação em MG, finalização da implantação de viveiros e intensificação das ações de comercialização e parcerias, especialmente com o poder público.
As soluções desenvolvidas ao longo do projeto estão permitindo uma melhoria na qualidade de vida do produtor, já que pode produzir de forma contínua ao longo do ano, com diminuição de tempo, de esforço físico, com redução das perdas, com maiores opções de mercado, com maior conhecimento agrícola e de negócios e com maior autoestima.
